quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Devaneios Apócrifos

Eu olho a garoa que cai
As gotas parecem que pairam no ar
Parecem querer voltar às origens
Limpo o vidro que
Com minha respiração
Se torna translúcido
E torno a olhar a garoa
A garoa que paira no ar.
Volto minha atenção à TV
E nela vejo você
Você me dizendo o quão imaturo sou
Criticando como me visto
O meu jeito de andar, falar, e até mesmo
O meu modo de amar
Um jeito honesto, sincero... frio.
Frio? Não...
Um modo silencioso de dizer, diria...
Desligo a TV.
Mas aqui permanece você...
Nos meus ouvidos, na minha mente
Nas minhas explosões de raiva...
...e em minhas gargalhadas bobas.
Daquele jeito quente, que só a gente sente...
Então, só mais uma vez: tente.